O ressoar da tua voz calma e insinuante
Retumba na falta de concentração dos meus olhos em ti
E assimilar teus olhares desconcertantes
É sempre um prazer à inspiração
Os traços da tua personalidade
São sempre exagerados
E por tal razão alento da minha paixão
Do meu prazer e vontade
Meu bem, vulgarizar o mundo ao redor
É o exercício diário da minha procura por ti
Rabiscar em balcões
E buscar teus olhos castanhos em mesas escuras
Sempre me foi umn eco eterno de saudade
Sentar-me em uma mesa longa e comprida
E ver-te na outra ponta
Abaixar a cabeça e descrever-te em mínimos detalhes
São quase sempre o cenário da minha prosa
Ensaio-te na proporção do que posso
E na imensidão do que sinto
Na razão do quando
E na descompensação do espaço
Emolduro tuas aflições e temores
Procuro aliviá-los pelos futuros beijos renovadores
Observar os objetos que podem deitar em teu rosto
E gozar da tua pele alva
Me são motivo da maior inveja poética
Por que coisas mortas e sem sentido
Podem ser mais do que eu:
Admirador dos teus gestos
E colecionador dos teus olhares
Justo frater do teu sarcasmo
Meu amor, essa tua resiração me toma
E inebria meus olhos encharcados de paixão
É acordar em céu desconhecido todas as manhãs da semana
E comungar da noite da tua dúvida
Obervar tua espera
E teus relatos do dia-a-dia
É sempre revoada de expectativas
E reflexão de todas as coisas
Que sucumbem ao teu sorrir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário