Todo meu ser se perde em mim
Todo o contraditório inspirador
Toda a má vontade de escrever
Mais uma vez foste traída pela distância
Maculando-te o corpo que também é meu
A tua pele que agora também é minha
Vive o desespero que tenho vivido desde que te deixei
Pintas monalisas com os lábios
Também coisas pálidas
E cheias de vida
Tua esquisitice graciosa
Transpira meus versos rabiscados em guardanapos
Não te iludas, meu bem
O que te falta é solidão
Pois meus olhos e pensamentos
Te perseguem muito antes do reencontro
Minha garganta se tapa
Sempre que encontro-te em outros cabelos
Em outros pelos
Minha saliva também já afogou-se em outras bocas
Que eram doces, mas perdiam o amargo charmoso da tua
Tua angústia não me é novidade
Tuas coisas sem fim sempre findam minha devastada solidão
E é em meio a distância que se encurta
E se engrandece diante dos nossos olhos
Que nossos gostos
Tatos
Beijos
Toques
Perdem-se na infinitude da vontade
E é olhando-te aguardar-me
Que a prolixidade
Das letras poéticas
Me escapa
Tornando-me apenas um homem entre rabiscos
Procurando a mulher já achada e ansiada
Que porta os olhos monocromáticos
Que ocupam minhas letras
E alimentam a envergadura do que sinto.
Se foram tantos versos que brotaram do mau humor, imagina os da boa vontade... heheh
ResponderExcluirPeixinhos :)