segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A fuga

Escapa de mim a noção de certo e errado
Consigo em mentiras doces
Compreender tua dúvida e tua mentira
Teu jogo e tua estupidez

És fatal, porém previsível
O suficiente para não surpreender-me com tua inconstância

Assisto tua vaidade
Com olhos fraternos e sorridentes
Rindo do teu pensar
Da tua tentativa de enganar
Do teu jogo infantil e inconsciente
De dor e prazer
E do meu lance consciente
De inocência e observação

Entender tua lógica
É cobrar-se pouco
É repetir-me em versos do passado
É invadir-me de imaginação

Doce criança brincalhona
O tempo que perdes não te retornará
E o pedaço meu que se vai
Com extrema dificuldade
Te regressará

Me escapas pelos dedos
Os dados que pensa que são teus
Jogam contra ti
E o teu pavor
A tua distancia
A tua fuga
É sempre elemento voraz
Que vai permitir que o tempo me consuma de ti
E não te permita mais meus versos
Só mesmo a surdez do meu silêncio

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