quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Tua cor marrom

Estupefato em necessidade

Assim me acho

Perdendo-me em ti

Nas tuas falanges de alegrias

Nas tuas guerras de lagrimas


O alibe do teu sofrimento

Por vezes é meus olhos mansos

Em calmaria profunda

Contemplando-te em indecisão


Ah, meu bem,

Essa tua cor marrom

Esse teu corpo febril

São as marcas da tua humanidade

Daquela que mesmo em fúria não perdes


Tens a peçonha do ser humano

Sem perder a santidade da carne


És o pão que nunca me pode faltar

O resto de homem que ainda possuo


O branco dos teus olhos

Escondido atrás do teu negro olhar

São a hipnose do meu observar


E assim sigo a vida

Em ti

Em mim

No mundo


No mundo cruel e perfeito que vivemos

Na vida mansa e infinita que fazemos

No amor imperfeito que forjamos

E banhado no pecado dos corpos.