Branca e de beleza latina
Balançada com maracas e chocalhos.
Ritmo de quadris balançantes
Mente inebriante
Os olhos fixados nos quadris próprios
És Joana, Maria, Rita, Celeste
Todas em ritmo suado e embriagado
Refratadas nas palavras desidratadas
Pelo suor levado ao chão de madeira antiga
No clima árido da música e do álcool a que te entregas
Feita e refeita na tua pele de cera
Nada cubana, nada boliviana
Caucasiana e europeia
Com a cintura e a mente de Bolívar
Repousadas em pernas que se movimentam
Feições fixadas no transcendente da música
Olhar para cima com a noite escura e quente
Cabelos negros e esvoaçantes com tambores africanos
Cumbios e mulatos
Olhos de infinito gravado em minhas costas
E que me bombeiam o sangue dos olhos
Buscando o encaixe das batidas das nossas almas.
-Paulinho Tamer
24/11/2012
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