sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Luizinho


Meu amigo,
Todos os dias passam
Com as horas vorazes e velozes

Todas as distâncias permanecem
Todas as paredes mantêm-se de pé
Todas as circunstancias
As vezes
Continuam contrárias

Mas algo vive,
Permanece
Revive
Ressuscita
E renasce

A eterna lembrança
Da infância incomum
Dos interesses comuns
E da discrepância dos espíritos para com os outros

É meu jovem amigo
Eu sou mais velho que você
E você mais velho que eu
Homens velhos em quereres
E jovens em transcendência

És lembrado por mim
Com o carinho de um livro antigo
Com o bem de uma nova ideia

Por quantas vezes penso em profunda análise
E tu sempre me vens à mente em belas palavras
Em uma poética que nasce da nossa amizade
Da vivificante experiência do saber existir

És tão imenso em mim
Tão contemplativo
Tão peculiar
Tão detestável
Tão estúpido
Tão sabido
E tão idiota
Tão grande
Um verdadeiro gênio
Que por todas as provas em contrário
Minha cega admiração continuará fruindo

És um grande presente
E um honroso passado
Não permitirei ausentar-te de meu futuro

Meu amigo
Meu confrade

Meu Luizinho.

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