segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Proeza

Eu quero hoje escrever-te

Porque teus olhos mais uma vez retumbaram minha inspiração

A tua lenta e calma voz

Fazendo cessar todo o intranqüilo

E todo o excesso do inútil

Hoje, eu parei pra pensar

E quando menos vi

Me roubaste os pensamentos

Me invadiste a penumbra dos dias sem luz

E irradiaste toda a proeza do teu sorriso alvo

Rescindindo toda a ingratidão natural do ar

Que não permite que o mundo respire o que já foi teu

Na verdade,

O fascínio dos olhos que te espreitam

É a mais clara evidencia

Da torpeza que transmites

Organizando paralelos tortos

Tua gritante onda de desejo

Inspira versos

Tão cotidianos

E por isso tão exuberantes como tu

As tuas palavras suam saudade

Saudade do que não viste

Transformando todos naquilo que desejas

E fazendo-os desejar avidamente

O ser humano que és.

Um comentário:

  1. Do comum, habitual, rotineiro e do cotidiano nascem versos... mas é preciso ter olhos de poeta pra ver... vc tem...

    ResponderExcluir