Meu grande amigo
Te vejo envolto nas mais profundas inspirações
Coroado da maior boa vontade
Em alcançar-te em poesia
Em compor-te em versos
Mais do que isso
Vejo-te em pleno esforço
De permitir aos outros que a alcancem também
Ricardo,
És um amigo admirável
Digno destinatário dos mais belos versos de um poeta pouco capaz
Não te acanhes ou baixes tua cabeça
Diante das formas inescrupulosas e medíocres
Que a vida ou a poesia possam querer te impor
Poesia, meu amigo,
É a ciência da liberdade
Aquilo que por observação e experimentação
Pode ser provado que nada precisa de provas
Que nada precisa de observações
Que tudo
Que o tudo
Só precisa de sensorialismo
Sem forma
Sem quê
Nem porquê
Traço minhas letras em teu destino
Para que alcancem o teu íntimo
E revelem-te o que quero te dizer
Não existe melhor nem pior poeta
Existem apenas homens encarcerados no medo
E outros livres
Mas livres para dar à sua vida
A mesma forma que dão à sua poesia
A forma do vento
Forma nenhuma
Apenas uma brisa sutil de verdade e liberdade.
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