Eu ainda causo-te o arrependimento
Os verões desnecessários
Passam por minha janela
Deixando o degrade da tua partida
Eu poderia lembrar-me das tuas noites
Por vidas sem fim
A tua imortalidade
Deixada pelas noites primaveris
Chegam a mim com tom cruel
Com tom de açoite
De surra
De tortura
A tua mão repousada sobre teus livros
Me trazem a lembrança do teu tato
Assim como trazem os rios a meus olhos
Eu lembro tanto, meu bem
Do movimento dos teus olhos
Da esquerda para a direita
Lendo minhas poesias
Assim como tua boca
Que com o passar dos versos
Iniciava o sublime movimento do teu sorriso
Se tem algo que me conforta
É a lembrança do teu corpo
De frente pra mim
Em posição de abraço
Me dedicando o teu aroma
O teu toque
Se tem algo que me fere
É a lembrança das tuas costas
Me deixando
Me deixando um espaço vazio
Onde os meus versos não podem te alcançar
E a minha dor não pode lembrar-te
Mas lembra, meu bem
Lembra e nunca esquece
Dos dias juntos
Em que o seu numero representa o infinito
E os nossos corpos tenderam a cola
Ao grude de amor e carne
Que sempre nos compôs
És paciência e teimosia
O café em insônia
Minha droga pessoal
Minha doce dependência sem precedentes
Intervalando minhas dores
Ritmando meus versos
E se compondo em luz
A tua única e fiel natureza.
Paulinho 22/02/2011
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