sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Inverno em mim

Não é segredo que eu me fascino por ti

Não, meu bem,

É bem verdade que o teu jeito de andar

Laça meus olhos em contemplação


Os teus incômodos

E o teu sorriso

São sempre chamativos e fraternos

Imitados pela a chuva das três


A forma como a manhã se mexe

Tem a beleza pendular dos teus cabelos caídos

Esses teus cabelos de uma cor que não defino

Essa coisa toda de caracóis misteriosos


Estranhos brilham meus olhos

Quando se deparam com o inverno da tua pele

Esse implacável e majestoso

Interminável e magnífico


Ah, chérie

Falar dos teus olhos é difícil

É tentar descrever o tudo

Sem perdão a erros

Confesso que me intimido por eles

Que me pego subestimando o sublime

E tentando ser alvo

Amo-os de qualquer forma

Baixos, calmos, excitados

Alegres, perdidos, confusos

Adoro quando se escondem atrás de vidros

Fato é que és feita de poesia indizível

De uma poética sutil e delicada

Na mais forte forma de independência

Encerrando todo o sentido de graça

E portando uma beleza que nunca se põe.

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