Quando todos os âmagos parecem triturados,
Reluzindo sua dor em tom âmbar.
E todas as almas em uma dança de fuga,
Temendo a paixão de qualquer coisa.
Quando os infinitos se cortam em um som seco,
As paralelas se desmontam em som doce
E as flores desabrocham na doçura das tuas curtas e retidas
palavras.
Quando o tempo esfria pelo mistério dos teus olhos quando se
ausentam,
Os pisos perdem o polimento com a tua partida
E os perigos que causas cessam e a vida pacata volta a sua
solidão.
Quando as vigas da edificação da razão perdem a razão com a
tua vergonha
E o teu rosto inteiro se abre em sorriso que assombra a mais
bela das melancolias.
Aí, coisa linda!
O mundo passa a temer a sua própria tristeza.
O ar enobrece e o alento primário dos homens parece valer a
pena.
Os corações se entregam em derrame de honestidade.
As mãos imediatamente se procuram.
Olhos em perseguição.
A vida parece, mais uma vez, ser possível.
Paulinho Tamer
05/12/2012
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