Fartura de inspiração herege
Que descompensa qualquer sentido
Ornamentando o medo do pecado
Assim é o teu descostume com a paz
A estabilidade emocional
Apavora-te uma razão descabida
Um receio gritante
Um medo ofegante
Um meio enorme e desfeito
De alcançar o desconforto necessário
Aquilo que te compõe
A desavença reconfortante
Que teu espírito precisa
Reformulando a tua essência em desordem
A tua respiração de caos
A tua distância inoportuna
E até mesmo o teu olhar que desfoca
São reflexos de uma vida
Nem tanto doce quanto amarga
Mas também da tua natureza de abalar padrões
De dar rebeldia ao que parece calmo
Um brinde ao anormal
Mais igual impossível
Doce espelho, minha vida.
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