Os pergaminhos do tempo
Te mantiveram viva em mim
Como lenda insustentável
Como algo inopinável
As incontáveis estrelas
Que sempre surgem
Em céus diferentes das cidades
Jaspearam os teus olhos
Moldados em fogo e luz
Transpirei o veneno que me deixaste
Expurguei quase toda a mentira
Que eu mesmo mantive viva
Fechei meus braços sobre meu corpo
E prendi com dureza a única verdade que me restava
Arregalaste os horizontes fechados
Penetraste no mundo além do mundo
No eu além do eu
Quebraste as fronteiras do certo e errado
É. De fato és a superação de ti
És o monumento erguido de amor e ódio
Guerra e paz entre opostos
És moldada pelo bem e pelo mal
Estás no centro de tudo
Mediando toda divindade e paixão
Meditando toda loucura e razão
Santuário dos contrários
Repudio dos sensatos
Temor dos exatos
Eu não compreendo teu pensar
Por isso talvez me interesse tanto
Pela tua insensatez constante
Pelo teu barato irritante
És a estupidez sensível
A menina invisível
Que se esconde em mulher
De beleza e grandes olhos
És o medo de mim
O feio de ti
O belo dali
E o meio do mundo.
Muito lindo isso cara.
ResponderExcluirEmocionei.