Na solidão temporária
Avalio cada pedaço da minha dor
Derramada em lamento
Esperando pelo céu que se enegrece
Tornar-se mais uma vez claro
Observo como o Sol
Lentamente banha o mundo de um calor suado e confortável
Imaginando um conforto e sonolência
Tão necessários à pacificação do meu espírito
Quanto o sangue é necessário ao corpo
E a minha natureza se desfaz
Em pedaços miúdos caídos ao chão
Me separando de mim mesmo
Permitindo a cada pedaço da minha dor
Pensar por si só
Esbravejo pelo meu despedaçar
Grito de dor sufocado
Sem hálito e respiração
Sem bocas abertas ou cabeças baixas
Apenas olhos molhados
E coração encharcado de saudade
Que a razão me invada e me reconstrua
Em minúsculos pedaços de fé
Em inúmeras partes de esperança
E em infinitas partes de amor.
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