Estupefato em necessidade
Assim me acho
Perdendo-me em ti
Nas tuas falanges de alegrias
Nas tuas guerras de lagrimas
O alibe do teu sofrimento
Por vezes é meus olhos mansos
Em calmaria profunda
Contemplando-te em indecisão
Ah, meu bem,
Essa tua cor marrom
Esse teu corpo febril
São as marcas da tua humanidade
Daquela que mesmo em fúria não perdes
Tens a peçonha do ser humano
Sem perder a santidade da carne
És o pão que nunca me pode faltar
O resto de homem que ainda possuo
O branco dos teus olhos
Escondido atrás do teu negro olhar
São a hipnose do meu observar
E assim sigo a vida
Em ti
Em mim
No mundo
No mundo cruel e perfeito que vivemos
Na vida mansa e infinita que fazemos
No amor imperfeito que forjamos
E banhado no pecado dos corpos.